18/02/2017



Cuidado com possíveis spoilers, mas eu me cuidei.

Fala galera. Pois é acabei de vir da pré estreia e a emoção é grande, a expectativa? Igualmente enorme, tentei não encher o hype principalmente depois dos dois últimos capítulos (que cá entre nós não acrescentaram em nada.)

Sabe o que fizeram com a franquia “Star Trek”?  Pois é, aqui trata-se do mesmo caso é como se fosse um novo começo. Uma nova ramificação das coisas.
Voltarei nesse assunto mais tarde.

Muitos de vocês devem ter lido as críticas que saíram lá fora (algumas foram bem negativas) mas vou tentar “dar as cartas” e vocês quando assistirem decidirão.

O filme começa no futuro, John está pra dar a cartada final nessa guerra (este começo coloca no bolso todo o filme anterior, seja na interpretação inicial de John Connor, seja pelas coisas ótimas que poderiam ter acontecido no filme anterior e só tinham insinuado), tem uma batalha grandiosa entre os rebeldes e as máquinas (tudo isso insinuado nos filmes anteriores também já que é dito que John vence as máquinas no futuro) mas numa cartada final Jonh chega tarde e não consegue impedir uma incursão ao passado (o modelo T-800 viajando pra 1984, ou seja:TEORICAMENTE o primeiro filme.

Jonh decide mandar Kyle, que (como todos já sabem) se voluntaria e tal.
Aí você me pergunta: “Ué, porque toda essa recapitulação?”
Porque é NESSE PONTO do filme que “a porca torce o rabo”



Eu sou fã da franquia do Exterminador (quem não é?) , acredito que quem assiste um filme assim sabe exatamente o que esperar e o que quer em tela.(igual quem assiste um Transformers da vida, sei que vocês vão me crucificar por mencioná-los mas voltarei nesse assunto mais adiante também.)

Viagem no tempo é um assunto interessante, mas também ás vezes torna-se uma tremenda cilada narrativa, e o que dizer então de realidades alternativas, paradoxos temporais... etc?
Acredito que nem todas pessoas conheçam esse conceito ou estejam esperando esse tipo de “conversa filosófica” em tela, há momentos que parecia um quadrinho (ruim dos anos 90) com toda aquela baboseira científica que toda hora uma coisa contradiz a outra.

Quando Kyle viaja ao passado ele vê um exterminador infiltrado atacando John, quando ele viaja no tempo (não me pergunte como) ele acaba tendo lembranças de DUAS linhas temporais diferentes (talvez até mais.)

A maneira como isso é executado em tela que preocupa, uma coisa somos nós, que lemos X-Men de olhos fechados a anos, assistimos Dr Who e piramos na primeira temporada do Flash.

Outra coisa é o público mediano comum do cinema (nenhum problema com eles.)
A primeira hora de filme é no piloto automático, perseguições, pancadaria (a luta entre os dois T-800 é bem bacana, o “Arnold Novo” não aparece apenas nessa cena, ele vira até vilão recorrente no filme!


O T-1000 de “Storm Shadow dos GiJoe” é limitado atuando (ok é vilão rsrsrs) mas posso dizer: ele é mais avançado que seu antecessor dos outros filmes. (acredito que ele seja um novo T-X, ele não é chamado de T-1000 em momento algum.)

Ao mesmo tempo que o filme ousa ao “recomeçar” (as atuações de Emilia Clarke e Jai Courteney mesmo sendo limitadas são melhores e mais convincentes do que Sam Worthington no filme anterior. Além de que Emilia é mais “simpática” do que sua contraparte daquela bisonha série do Exterminador na TV , Lena Headey) o filme tem alguns “probleminhas de roteiro”.

Você percebe claramente que o filme foi escrito várias e várias vezes, até mesmo ecos de roteiros anteriores que sempre apareciam na net estão lá.
Ou seja, se você é mesmo fã da franquia (de acompanhar cada rumor) talvez não se surpreenda... tanto assim.

Outra coisa: tem umas tiradas engraçadinhas no filme, isso me agradou e não ficou estranho, acabou funcionando sem “empatetar o filme”
As cenas em computação gráfica estão show de bola (3D desnecessário) todas as lutas entre os robôs, batalhas aéreas, explosões enfim, tudo impecável.

Mas precisa de um fio condutor, uma história, chega se num ponto que o filme quase te cansa (um cara do meu lado no cinema disse: “parece um filme do Michael Bay” pois é. Voltei a esse assunto!)
Este filme se fosse feito alguns anos atrás teria muita coisa pra se tornar cult, (principalmente as questões dos paradoxos, universos alternativos e tal, viu? Eu disse que voltaria nesse assunto)

Mas hoje? Foi mesmo necessário termos mais um filme? (sempre quereremos mais e mais)
A Franquia “Exterminador do Futuro” quando surgiu, brincava com coisas que não eram possíveis pra época. Hoje em dia é meio estranho franquia que “iniciou tudo isso” tentar se reinventar e ser fantástica num mundo de internet e celular, tem até uma cena no filme que brinca com isso e é um reflexo claro disso.
Só nos faltam robôs assassinos (será que os drones contam?)

Arnold é um coadjuvante dentro do próprio filme, chega a ser “alívio cômico” em alguns momentos) o efeito de “aproveitar-se da idade do ator” chega a incomodar porque você fatalmente pensa em sequência futuras.

Uma coisa é fazer piada de si próprio (Os Mercenários, O Último Desafio) a outra é você “enferrujar” o seu melhor personagem da vida toda, mas ok, funciona de certo modo pra história.
Definitivamente é um novo capítulo final. (tem cena pós crédito. Agarre-se!) Mas também mostra que ainda terá muita lenha pra queimar, mas MUITA LENHA MESMO.

O futuro começa agora. (de novo)


Nota: 8 “Velho, mas não obsoleto!”

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