25/02/2017

por Lucas Dantas

(Atenção: o comentário a seguir não contém spoilers, porque eles caíram num buraco de minhoca e foram parar em outro canto do Universo)

Christopher Nolan volta as telas com uma ficção científica mais realista, mas sem deixar de ser ficção. Interestelar retoma o tópico "vá ao espaço, salve a humanidade", e implica no desafio que é uma viagem espacial.

Num futuro (não tão) distante, os alimentos na Terra se tornaram escassos, literalmente viraram pó. O planeta está a beira da extinção. 

É então que o ex-piloto Cooper (Matthew McConaughey) decide ir numa missão através de um Buraco de Minhoca (atalho entre dois pontos fixos no Universo) para encontrar um novo lar para a humanidade. 

No entanto, deixa para trás sua familia, em especial sua filha Murph (Mackenzie Foy/Jessica Chastain), outra personagem de grande importância na trama.

Amelia Brand (Anne Hathaway), filha do idealizador da missão, - (Michael Caine) - acompanha Cooper e é dona de idéias próprias sobre explorações espaciais, dizendo que elas são motivadas pela emoção, não pela razão. Isso só faz sentido ao final do filme, e não deixa de ser meia verdade.

Como se ir ao espaço já não fosse assustador o bastante, o grupo tem de lidar com turbulências, planetas inóspitos, buracos negros e imprevistos diversos. 

Mas o pior mesmo é a oscilação temporal (no filme eles usam um termo mais bonito, infelizmente eu esqueci o nome), pois enquanto lá fora passam-se horas e dias, aqui passam-se anos e anos, o que capaz de dar um Brainstorm em qualquer um.

O filme inova por trazer teorias físicas que realmente existem, como distorções no Espaço-Tempo levarem a lugares distantes no cosmos; planetas distantes também serem capazes de abrigar vida humana; buracos negros terem no seu centro a Singularidade, um evento que contém equações quânticas capazes de revelar vários segredos do Universo, etc..

Porém, é impossível você assistir e não lembrar de um clássico da ficção: 2001 - Uma Odisséia no Espaço. 

Desde a trilha sonora, os momentos silenciosos e o show de luzes do ambiente sideral até a semelhança dos robôs TARS e CASE com HAL 9000 e os monolitos negros, é inegável que Nolan bebeu dessa mesma fonte ao criar Interestelar.

Mesmo assim o filme consegue manter sua originalidade, e o melhor: não deixa perguntas sem respostas! 

A não ser que você entenda bem pouco de ciência, aí complica.. 

NOTA: 9,9

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