23/10/2016

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Por essa ninguém esperava, mas Grant Morrison acaba de dar uma visão absolutamente diferente e inacreditável para A Piada Mortal, a aclamada obra de Alan Moore e Brian Bolland. No podcast Fatman On Batman o escritor escocês troca ideias sobre o Homem-Morcego com Kevin Smith e, de repente, Morrison faz uma constatação que nunca passou pela cabeça de ninguém: a “piada mortal” é que o Batman mata o Coringa no final.

A linha de raciocínio que Morrison usa é perfeita e muito condizente com o espírito subversivo de Alan Moore ao tratar certos personagens da DC. Percebam: no diálogo inicial da obra, Batman deixa claro ao suposto Coringa que está no Asilo Arkham que só há um meio do conflito entre eles acabar: um vai acabar matando o outro em determinado momento.
Logo, quando os dois finalmente tem um momento sozinhos antes que a polícia chegue para novamente prender o Palhaço do Crime e manter este conflito interminável entre ele e o Homem-Morcego, o herói tira sua vida. Os quadros de Bolland são bastante sutis, e sugerem o barulho de pneus brecando; todavia, aquelas onomatopeias significam o Coringa dando gritando último grito após sua última risada. A piada é mortal porque o Batman o mata! Como o próprio Morrison disse “está no próprio título da história, não tem como negar“.
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Smith ainda insistiu em não acreditar no que Morrison lhe disse, afirmando que se o Batman tivesse realmente tirado a vida do Coringa, uma onomatopeia do tipo “crack” seria ouvida. O escocês então lhe disse: “é aí que está a pegadinha da coisa. Se fosse isso, ficaria óbvio demais. A graça da história é a sutileza. É a última história do Batman com o Coringa, é realmente a ‘piada mortal’, e é aí que mora o verdadeiro significado do título e da relação deles“. E Morrison ainda completa: “Moore nunca falou sobre isso para não entregar o jogo, mas está lá, no nome da revista“.
O que você acha disso, leitor?
(via terra zero)

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