por JAMY MILANO
Nesse contexto nasce a obra que mudou para sempre a forma de ver os quadrinhos: Watchmen, a obra máxima de Alan Morre, publicada em setembro de1986 - como uma maxi-serie em 12 edições - e que este mês está completando 30 anos.
Revolucionária, Watchmen removeu todas as "máscaras" e revelou a "face oculta" dos super-heróis. Na obra, vimos que eles nem sempre são "super" e muito menos "heróis, e que suas motivações nem sempre são nobres e inspiradoras. Em Watchmen vimos que os super-heróis podem ser simplesmente meros mortais, dotados dos mesmos vícios e paixões que os demais seres-humanos. Dessa maneira, Alan Moore "quebra o encanto" e diz para o leitor ingênuo da época, que "super-herois nem sempre são tao bonzinhos como você imagina", e faz isso de uma forma bastante realista, "crua", até então nunca vista nas histórias em quadrinhos, devido a profundidade e complexidade psicológica dos personagens da obra.
Sucesso absoluto de crítica, arrebatou todos os maiores prêmios da indústria, entre eles, os Prêmios Eisner e Kirby na categoria de "Melhor Minissérie", quebrando paradigmas, foi a primeira HQ a receber um Hugo, a premiação máxima de literatura de máxima de ficção científica que, até então, era reservada somente a livros. Além disso é a única história em quadrinhos a figurar na lista da revista TIME dos 100 maiores romances do século XX, consagrando-se definitivamente como uma obra prima.
Transpor esse fenômeno para o cinema era inevitável. Em 6 de março de 2009, Watchmen estreou nas telonas, num filme belíssimo, magistralmente dirigido por Zack Snyder.
O tempo não envelhece uma obra prima; ele a consagra. 30 anos se passaram e Watchmen, assim como o vinho, elevou cada vez mais o seu valor ao longo das décadas.
O tempo não envelhece uma obra prima; ele a consagra. 30 anos se passaram e Watchmen, assim como o vinho, elevou cada vez mais o seu valor ao longo das décadas.
Este é meu tributo à maxi-série de Alan Moore e Dave Gibbons.
Feliz Aniversário, Watchmen.
Jamy Milano