Tempos
atrás. Toda a mídia geek ficou alucinada quando a DC tinha anunciado que Bruce
Timm voltaria para as animações e o melhor: envolvendo a Liga da Justiça!
Ou
quase isso.
A
novidade até então tinha também anunciado uma websérie pelo Machinima e também
quadrinhos digitais.
Seria
uma obra original, um trabalho praticamente autoral, um mundo inteiramente novo,
uma cronologia nova.
Aí
tivemos liberados três websódios (de 5 min cada um) e mais uma série em
quadrinhos de até então nove episódios (3 pra cada personagem central)
E
anteontem (12/07) tivemos o lançamento do longa animado.
Mais
uma vez fomos surpreendidos, esqueçam todos os personagens que conhecemos e
admiramos, desta vez temos uma versão “Authority” da Liga da Justiça, um
Superman que não é Kal-El (é um descendente do General Zod), uma Mulher
Maravilha mais belicosa que a que conhecemos (oriunda de Nova Gênese, esposa do
deus Órion) e um Batman... vampiresco. (Kirk Langstrom.)
A
Liga são basicamente os três, protegendo um mundo similar ao nosso, com
guerras, terrorismo, supereseres... enfim.
Além
de fugir da “mesmice” a animação surpreende por vários motivos; ela é bem escrita
e tem bastante ação e claro, violência. (algo que tem estado presente em
praticamente todas as animações da WB).
Este
mundo apresentado não é tão colorido, Superman usa barba e um sobretudo escuro,
Batman é ainda mais antissocial que de costume e as pessoas com essa liga que
eles não conhecem muito bem (eles estão em ativa a mais ou menos 10 anos)
acabam tendo aquela relação de medo.
A
história foca nesse medo, lembram da segunda temporada de “Liga da Justiça sem
Limites”? é mais ou menos aquela mesma vibe, a tensão de uma guerra iminente
entre o governo americano (e quiçá os do mundo) contra a Liga, a questão “quem
vigia os vigilantes?” é dita em algum momento do longa.
Os
“deuses e monstros” pode se dizer que é a visão das pessoas em relação a eles. E
como algumas reviravoltas na história mostram que nem tudo é o que parece. Nem
sempre um monstro é necessariamente mal e nem sempre alguém com aparentemente
boas intenções é necessariamente um “mocinho”.
O
barato é que muitos personagens pouco usados, pouco conhecidos ganham destaque,
mesmo que se por acaso você não tenha ouvido falar de suas “contrapartes
originais” isso não prejudica o personagem ou o longa de forma alguma.
Também
não é necessariamente aquele exercício tosco do tipo “olha, o mordomo é o
Coringa!” (como acontece na série Gotham)
Você
meio que instintivamente reconhece quem precisa reconhecer, e o barato (de
novo) é: nem todos tem a mesma função de sempre. Uns aparecem mais outros
menos, tem alguns “santos” que surpreendentemente ganham novas roupagens.
Basicamente:
alguém começa a assassinar todas as grandes mentes científicas do planeta em
dias, e todas as evidências apontam pra essa controversa liga, que não sorri,
não se comunica com a imprensa e claro: não responde a ninguém.
O
governo tenta se calçar como pode. A liga percebe que está sendo vítima de um
embuste.
Além
de que as “forças ocultas” (os vilões da história) são formidáveis.
Esta
animação talvez seja o mais perto do que veríamos de uma luta entre Superman e
Goku.
Esta
animação tem decapitações, empalamentos, esmagamentos, eviscerações (temos até
um “Casamento” a la “Game of Thrones”
Você
fica com vontade de ver mais desse material.
A
WB poderia fazer uma temporada inteira (com capítulos de 20 min) pelo canal do
youtube se quisesse.
A
DC ser boa nas animações é apenas uma constante constatação.
Nota:
8,5
“Será
que eu preciso te dizer presidente, quem precisa proteger quem?” -Superman