18/02/2017


Tempos atrás. Toda a mídia geek ficou alucinada quando a DC tinha anunciado que Bruce Timm voltaria para as animações e o melhor: envolvendo a Liga da Justiça!
Ou quase isso.

A novidade até então tinha também anunciado uma websérie pelo Machinima e também quadrinhos digitais.
Seria uma obra original, um trabalho praticamente autoral, um mundo inteiramente novo, uma cronologia nova.

Aí tivemos liberados três websódios (de 5 min cada um) e mais uma série em quadrinhos de até então nove episódios (3 pra cada personagem central)
E anteontem (12/07) tivemos o lançamento do longa animado.

Mais uma vez fomos surpreendidos, esqueçam todos os personagens que conhecemos e admiramos, desta vez temos uma versão “Authority” da Liga da Justiça, um Superman que não é Kal-El (é um descendente do General Zod), uma Mulher Maravilha mais belicosa que a que conhecemos (oriunda de Nova Gênese, esposa do deus Órion) e um Batman... vampiresco. (Kirk Langstrom.)

A Liga são basicamente os três, protegendo um mundo similar ao nosso, com guerras, terrorismo, supereseres... enfim.
Além de fugir da “mesmice” a animação surpreende por vários motivos; ela é bem escrita e tem bastante ação e claro, violência. (algo que tem estado presente em praticamente todas as animações da WB).

Este mundo apresentado não é tão colorido, Superman usa barba e um sobretudo escuro, Batman é ainda mais antissocial que de costume e as pessoas com essa liga que eles não conhecem muito bem (eles estão em ativa a mais ou menos 10 anos) acabam tendo aquela relação de medo.


A história foca nesse medo, lembram da segunda temporada de “Liga da Justiça sem Limites”? é mais ou menos aquela mesma vibe, a tensão de uma guerra iminente entre o governo americano (e quiçá os do mundo) contra a Liga, a questão “quem vigia os vigilantes?” é dita em algum momento do longa.

Os “deuses e monstros” pode se dizer que é a visão das pessoas em relação a eles. E como algumas reviravoltas na história mostram que nem tudo é o que parece. Nem sempre um monstro é necessariamente mal e nem sempre alguém com aparentemente boas intenções é necessariamente um “mocinho”.


O barato é que muitos personagens pouco usados, pouco conhecidos ganham destaque, mesmo que se por acaso você não tenha ouvido falar de suas “contrapartes originais” isso não prejudica o personagem ou o longa de forma alguma.

Também não é necessariamente aquele exercício tosco do tipo “olha, o mordomo é o Coringa!” (como acontece na série Gotham)
Você meio que instintivamente reconhece quem precisa reconhecer, e o barato (de novo) é: nem todos tem a mesma função de sempre. Uns aparecem mais outros menos, tem alguns “santos” que surpreendentemente ganham novas roupagens.

Basicamente: alguém começa a assassinar todas as grandes mentes científicas do planeta em dias, e todas as evidências apontam pra essa controversa liga, que não sorri, não se comunica com a imprensa e claro: não responde a ninguém.
O governo tenta se calçar como pode. A liga percebe que está sendo vítima de um embuste.
Além de que as “forças ocultas” (os vilões da história) são formidáveis.

Esta animação talvez seja o mais perto do que veríamos de uma luta entre Superman e Goku.

Esta animação tem decapitações, empalamentos, esmagamentos, eviscerações (temos até um “Casamento” a la “Game of Thrones”
Você fica com vontade de ver mais desse material.

A WB poderia fazer uma temporada inteira (com capítulos de 20 min) pelo canal do youtube se quisesse.

A DC ser boa nas animações é apenas uma constante constatação.

Nota: 8,5


“Será que eu preciso te dizer presidente, quem precisa proteger quem?” -Superman

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