Com a estréia de "Esquadrão Suicida" na semana passada em todo o mundo, e de ter visto o filme nos cinemas, nós do Blog A&C acreditamos ser apropriado expressar a nossa opinião sobre o filme. Obviamente, esta crítica estará baseada particularmente a partir da minha opinião. O Universo Estendido da DC já foi colocado em marcha, e "Esquadrão Suicida" é o terceiro filme dessa empreitada da Warner. Todos sabem que o tom dramático e sombrio de "Batman vs Superman" foi criticado por muitos, e "Esquadrão Suicida" se distanciou ao criar um tom mais descompromissado com uma boa dose de humor negro. No entanto, isso não impediu que os críticos especializados tenham-lhe rotulado como simples, chato e com muitas carências narrativas. Mas é realmente assim? "Esquadrão Suicida" é um filme ruim?
Tratarei de argumentar meus pontos de vista da melhor maneira possível. Eu sei que muitos vão discordar de mim, mas peço-lhes para respeitar a minha opinião e se alguém tem algo para criticar é só colocar nos comentários. Agora, sem mais delongas, aqui vamos nós. E tranquilos, jã que o texto não possui nenhum spoiler.
Por que as críticas estão sendo duras com o filme ?
A crítica tem sido muito dura com o filme, e tratando o tema friamente, podemos entender o motivo disso. A filmagem na maior parte acontece em um lugar sem muita luz impedindo uma apreciação melhor do que acontece em torno dos protagonistas, além de ser muito cansativo em alguns momentos. Felizmente, o filme apresenta momentos memoráveis que tornam a jornada algo bem divertido, mesmo com toda essa escuridão, não temos a noção de ser algo sombrio, embora deixe um sensação de indiferença não muito agradável.
Sim, podemos dizer com toda a certeza que "Esquadrão Suicida" não é um filme chato. O carisma de alguns personagens como Pistoleiro, ou sarcasmo e humor negro de outros como Harley Quinn dão o tom de entretenimento durante o tempo todo, embora, exista uma certa mudança de tom do primeiro para segundo ato, que são bem perceptíveis.
Outro ponto no filme que poderia ser melhor é o roteiro, uma vez que é muito clichê, visto muitas vezes na telona e repetindo o mesmo padrão em muitos outros filmes. Outra coisa que pode ser reprovado é que alguns personagens são realmente superficiais, mas sobre os personagens, nós falaremos mais tarde.
Sim, esses fatos não devem ser negligenciados, mas não podemos esquecer que é um simples e divertido produto de entretenimento despretensioso.
Membros do Esquadrão, o melhor e o pior
É curioso como a força do filme reside em seus personagens, mas, ao mesmo tempo faz um desserviço. Assassinos de aluguel, maníacos homicidas, incendiários amáveis e crocodilos assassinos, todos ostentando como são ruins. No entanto, a sensação é que Amanda Waller é a verdadeira vilã, e que entre os "maus" corre alegria e paz, com amor e amizade. Uma Amanda Waller que não poderia ser melhor adaptada cabe salientar. É certamente um prazer ver Viola Davis personificar com muito carinho a personagem. A Magia é muito clichê. Para o meu gosto, poderia ter sido qualquer outro personagem. Sem entrar em detalhes para não revelar spoilers, vou dizer que Cara Delevingne foi uma escolha tão infeliz como foi Jesse Eisenberg como Lex Luthor.
Ao longo do filme os personagens são desenvolvidos de uma forma satisfatória, com a Harley literalmente dando todo o ritmo ao filme, Diablo, sendo uma agradável surpresa, e o Pistoleiro, interpretado por Will Smith, que empresta todo seu carisma ao papel. Harley foi muito bem escrita, Margot faz não versão dos quadrinhos da personagem, mas sim a versão do desenho do Batman dos anos 90 - com uma bela homenagem ao Alex Ross no filme.
No entanto, também temos personagens que não acrescentam em nada ao grupo. Se fizermos uma comparação com Guardiões da Galáxia, onde todos os personagens tem uma evolução bem desenvolvida e assim dá uma boa fluidez para trama. Seria melhor no máximo uns cinco membros para equipe para dar mais dramaticidade na possível morte de um deles. Amarra é, de longe, o pior do filme, acrescentando absolutamente nada e útil apenas para uma cena de ação. Katana apresenta apenas um bom momento para entendermos sua jornada e poderes.
Algo semelhante acontece com Killer Croc. É um crocodilo assassino, mas não vemos nenhuma atitude homicida do personagem. Simplesmente passa ao público um sentimento de pena por sua aparência e suas reações agressivas são movidas por medo das pessoas a sua volta. Capitao Bomerangue ganha um "elemento" fora dos quadrinhos para imprimir mais humor ao filme. Suas cenas passam a ideia que fazem parte da refilmagem que aconteceram no filme.
Rick Flaggs está bem longe do personagem fanfarrão e nacionalista dos quadrinhos, está mais para um cara movido pela paixão por uma garota para determinar seus atos. Só que, Joel Kinnaman desempenha um excelente trabalho, já que lhe deu uma boa oportunidade de cenas legais com Will Smith. Fica curiosidade do que Tom Hardy teria feito com o papel .
Diablo merece menção a parte, um personagem que apresentou uma boa jornada e uma grande importância para conclusão da história.
CORINGA!
Ah, o Coringa. Ele mereceu um sub-tópico só dele. Tantas expectativas tinha causado, e ficou aquém do esperado. Mas por que? Será que foi pouco tempo de tela? Talvez. Definitivamente Leto poderia ser um Coringa magistral. Eu gostei de seu desempenho e vejo como um bom substituto para o amado e memorável Ledger. No entanto, seu pouco tempo de exposição o vemos pelo ponta de vista da Harley. Assim, passa a ideia de estar muito overacting, tanto em atitudes e como nas interações com os outros personagens. No filme, ele acaba sendo muito mais passional do que insano, como se tivesse trocado o papel dele com a Harley. Aparentemente, no filme, ele parecia um mafioso louco de amor por uma garota, que essa sim, é totalmente insana.
Em suma, é perceptível que Leto tentou dar uma forma totalmente nova ao Palhaço do Crime, só que a edição colocou tudo a perder.
Ei, caras, somos parte de Universo Estendido da DC
Algo que é muito claro para nós desde o primeiro minuto, e que somos felizardos. As consequências do confronto entre Batman e Superman são evidentes. E a melhor parte, eles têm bom peso para história. Absolutamente, em nenhum momento as referências presentes no filme são forçadas, ao contrário fluem segundo a lógica desse nascente Universo Cinematográfico da DC. Os cameos mostrados no longa se encaixam perfeitamente e servem para desenhar um sorriso no rosto de qualquer fã. Pode-se questionar sobre os atos do Batman? Sim, mas não podemos esquecer que é uma versão ainda com os conceitos de Zack Snyder.
Até mesmo, a cena pós-créditos não é desperdiçada, por isso você não pode sair da sala até o fim .
Conclusões
Para finalizar, posso dizer que é um filme que merece a pena ser visto, com um vilão clichê, uma trama muito simples, mas com muito humor negro e situações legais que farão desfrutar tudo sem perceber o tempo passar. O melhor é ver um impressionante Will Smith que retorna em grande estilo com todo seu carisma, mas nunca tentando ser mais que os outros personagens.
Estou ansioso para continuar a ver a expansão do Universo Estendido da DC, que venham boas e novas surpresas vindas pela tutela de Geoff Johns e Ben Affleck.
É você? Concorda com a crítica exposta? Expresse seus pensamentos na seção de comentários.
